Vivemos em uma sociedade com um telefone sem fio imenso, começa ali e vai, vai, vai até lá. Uma linha telefônica onde o que rola é a vida dos outros.
Tem coisa mais gostosa do que falar mal dos outros? Sim, tem. Mas, como pra muita coisa existe o nosso amigo “mas”, a população insiste em tomar conta do que não lhe convém, só que lhe interessa de forma absurda.
O gosto que tem criticar os outros, jogar pedras, julgar alimenta e satisfaz. Não há alguém que nunca, nunca tenha falado da vida do outro, mas temos que analisar, afinal “falar da vida dos outros” na questão de falar mal, não de comentar, ou falar alguma coisa a respeito, isso naturalmente, nem é o caso... O problema é o intrometimento que as pessoas têm na vida dos outros, se cada um cuidasse da sua, às vezes ela não estaria tão perdida, afinal, cuida tanto da do outro que esquece e fazer besteira na sua. Exemplifico uma situação muito ocorrida, e que pode servir para esclarecer melhor o que digo, em um lugar com muita gente, alguém quer falar, aí começa “cala a boca” “cala a boca” e por aí vão toneladas de “cala a boca”, se cada um cuidasse da sua, o silencio viria mais rápido, mas não, é tanta gente gritando, que se for reparar pra ouvir, ninguém mais está falando nada, as únicas falas que são ouvidas é “cala a boca”, um exemplo para demonstrar como são essas coisas.É cada um cuidando da sua boca (vida) que todos os outros também vão fazer o mesmo, se ficar nessa gritaria (intromissão) não será possível ocorrer um entendimento, e uma compreensão.
Essa linha telefônica deve ser cortada, e deve ser criado um telefone particular, onde nele são falados e escutados só os seus assuntos.
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